segunda-feira, 25 de agosto de 2008

GeórgiaXOssétia e Abecásia

Parlamento russo apóia autonomia da Ossétia e Abecásia

Reconhecimento da independência ainda precisa de ratificação do Kremlin.

O Parlamento russo aprovou por unanimidade, em sessão extraordinária nesta segunda-feira, o reconhecimento oficial da independência das regiões separatistas da Abecásia e Ossétia do Sul.

Os 130 parlamentares da Câmara Alta e os 447 que compõem a Duma, como é conhecida a Câmara Baixa do Parlamento russo, votaram a favor de uma moção que solicita ao presidente, Dmitri Medvedev, o reconhecimento da independência das regiões.

Para que a Rússia reconheça oficialmente a autonomia das duas províncias, atualmente consideradas parte da Geórgia, o Kremlin precisa ratificar a decisão do Parlamento.

Alguns analistas afirmam que o governo não irá confirmar a decisão imediatamente, mas usar a ratificação como moeda de troca nas negociações com o Ocidente e usá-la para testar a opinião internacional de maneira mais aprofundada.

Geórgia

Segundo o correspondente da BBC em Moscou Humphrey Hawksley, a sessão das câmaras baixa e alta do Parlamento foi marcada por nacionalismo e rancor e revela um endurecimento na delicada relação da Rússia com os países ocidentais.

Na Duma, como é conhecida a Câmara Baixa do Parlamento, o hino nacional foi entoado e seguido de um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do que os russos consideram uma "agressão da Geórgia".

Segundo o presidente da Câmara Alta, Sergei Mironov, as duas províncias possuem os atributos necessários de estados independentes.

Já o presidente da Duma, Boris Gryzlov, comparou a ação militar da Geórgia nas províncias separatistas com a invasão de Hitler à União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial.

A Rússia entrou em confronto violento com a Geórgia neste mês depois que as tropas georgianas invadiram a província da Ossétia do Sul para recuperar o controle da região.

O confronto foi paralisado depois que os dois países assinaram um plano de paz proposto pela União Européia, que incluía a retirada imediata das tropas da região e o retorno à posição anterior ao conflito.

A Rússia já foi acusada de quebrar o plano de paz e anunciou que suas tropas irão fiscalizar as mercadorias que chegam ao porto de Poti, um dos principais da Geórgia. Além disso, o Exército russo não permitirá a ronda aérea de regiões patrulhadas por seus agentes de paz, chamadas "zonas de segurança".

Reconhecimento

De acordo com o presidente da Ossétia do Sul, Edward Kokoity, que participou das sessões extraordinárias no Parlamento russo, a Ossétia e a Abecásia têm mais direitos de se tornarem nações reconhecidas pela comunidade internacional do que a província separatista sérvia de Kosovo.

Kosovo declarou sua independência no início deste ano e contou com o apoio dos Estados Unidos e de grande parte da União Européia.

A Ossétia do Sul proclamou sua independência no início da década de 90, mas sua autonomia não foi reconhecida pela comunidade internacional. A região quer ser agregada à Federação Russa, assim como a Ossétia do Norte.

A Abecásia declarou sua indendência em 1992, mas também não obteve reconhecimento da comunidade internacional.

As tensões em ambas as regiões se intensificaram ainda mais depois que Mikhail Saakashvili foi eleito presidente da Geórgia em 2004, com uma promessa de reunificar o país.

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Guerra do Vietnã - conflito quente da Guerra Fria

A Guerra do Vietnã

Introdução

A Guerra do Vietnã foi o mais longo conflito militar que ocorreu depois da II Guerra Mundial. Estendeu-se essa guerra em dois períodos distintos. No primeiro deles, as forças nacionalistas vietnamitas, sob orientação do Viet-minh (a liga vietnamita), lutaram contra os colonialistas franceses, entre 1946 a 1954. No segundo, uma frente de nacionalistas e comunistas - o Vietcong - enfrentaram as tropas de intervenção norte-americanas, entre 1964 e 1975. Com um pequeno intervalo entre os finais dos anos 50 e início dos 60, a guerra durou quase 20 anos.

Na verdade, devido a sua irradiação, seria melhor dizer Guerra da Indochina, do qual o Vietnã é uma das partes. A Indochina, região assim chamada por ser uma zona intermediária entre a Índia e a China, ocupa uma península do sudoeste asiático e está dividida entre o Vietnã (subdividido em Tonquim e Conchinchina), o Laos e o reino do Camboja. Toda essa região caiu sob domínio do colonialismo francês entre 1883-5 e assim ficou até a ocupação japonesa, entre 1941-45. Com a queda da França em 1940, formou-se o governo colaboracionista de Vichy, aliado dos nazistas. Em vista disso os japoneses permitiram uma certa autonomia administrativa feita por franceses. Mas em 1945, com a derrota do Japão, os franceses tentaram recolonizar toda a Indochina.

Ho Chi Minh

Ho Chi Minh ("aquele que ilumina"), nasceu em 1890 numa pequena aldeia vietnamita, filho de um professor rural. Tornou-se um dos mais importantes e lendários líderes nacionalistas e revolucionários do mundo do após-guerra. Viajou muito jovem como marinheiro e tornou-se socialista quando viveu em Paris, entre 1917 e 1923. Quando ocorreu as Conferências de Versalhes, em 1919, para fixar um novo mapa mundial, o jovem Ho Chi Minh (então chamado de Nguyen Ai quoc, o "patriota"), solicitou aos negociadores europeus que fosse dado ao Vietnã um estatuto autônomo. Ninguém lhe deu resposta, mas Ho Chi Minh tornou-se um herói para o seu povo.

Em 1930 ele fundou o Partido Comunista Indochinês e seu sucessor, o Viet-mihn (Liga da Independência do Vietnã), em 1941, para resistir à ocupação japonesa. Foi preso na China por atividade subversiva e escreveu na prisão os "Diários da Prisão", em chinês clássico, uma série de poemas curtos, onde enalteceu a luta pela independência.

Com seus companheiros mais próximos, Pahm Van Dong e Vo Nguyen Giap, lançou-se numa guerra de guerrilhas contra os japoneses, obedecendo à estratégia de Mao Tse Tung de uma "guerra de longa duração". Finalmente, em 2 de setembro de 1945, eles ocupam Hanói (a capital do norte) e Ho Chi Minh proclamou a independência do Vietnã. Mas os franceses não aceitaram. O Gen. Leclerc, a mando do Gen. De Gaulle, recebeu ordesn de reconquistar todo o norte do país, nas mãos dos comunistas de Ho Chi Minh. Isso irá jogar a França na sua primeira guerra colonial depois de 1945, levando-a a derrota na batalha de Diem Biem Phu, em 1954, quando as forças do Viet-minh, comandadas por Giap, cercam e levam os franceses à rendição. Depois de 8 anos, encerrou-se assim a primeira Guerra da Indochina.

A Conferência de Genebra

Em Genebra, na Suíça, os franceses acertaram com os vietnamitas um acordo que previa:

  1. o Vietnã seria momentaneamente dividido em duas partes, a partir do paralelo 17, no Norte, sob o controle de Ho Chi Minh e no Sul sob o domínio do imperador Bao Dai, um títere dos franceses;

  2. haveria entre eles uma Zona Desmilitarizada (ZDM);

  3. seriam realizadas em 1956, sob supervisão internacional, eleições livres para unificar o país. Os Estados Unidos presentes no encontro não assinaram o acordo.


A ditadura de Diem

Entrementes no Sul, assumia a administração em nome do imperador, Ngo Dinh Diem, um líder católico, que em pouco tempo tornou-se o ditador do Vietnã do Sul. Ao invés de realizar as eleições em 1956, como previa o acordo de Genebra, Diem proclamou a independência do Sul e cancelou a votação. Os americanos apoiaram Diem porque sabiam que as eleições seriam vencidas pelos nacionalistas e pelos comunistas de Ho Chi Minh. Em 1954, o Gen. Eisenhower, presidente dos Estados Unidos, explicou a posição americana na região pela defesa da Teoria de Dominó: "Se vocês porem uma série de peças de dominó em fila e empurrarem a primeira, logo acabará caindo até a última... se permitirmos que os comunistas conquistem o Vietnã corre-se o risco de se provocar uma reação em cadeia e todo os estados da Ásia Oriental tornar-se-ão comunistas um após o outro."

A partir de então Diem conquistou a colaboração aberta dos EUA, primeiro em armas e dinheiro e depois em instrutores militares. Diem reprimiu as seitas sul-vietnamitas, indispôs-se com os budistas e perseguiu violentamente os nacionalistas e comunistas, além de conviver, como bom déspota oriental, com uma administração extremamente nepótica e corrupta. Em 1956, para solidificar ainda mais o projeto de contenção ao comunismo, especialmente contra a China, o secretário John Foster Dulles criou, em Manilla, a OTASE (Organização do Tratado do Sudeste Asiático), para servir de suporte ao Vietnã do Sul.

A segunda guerra da Indochina
A Guerra Civil e a intervenção americana

Com as perseguições desencadeadas pela ditadura Diem, comunistas e nacionalista formaram, em 1960, uma Frente de Libertação Nacional (FLN), mais conhecida como Vietcong, e lançaram-se numa guerra de guerrilhas contra o governo sul-vietnamita. Em pouco tempo o ditador Diem mostrou-se incapaz de por si só vencer seus adversários. O presidente Kennedy envia então os primeiros "conselheiros militares" que, depois de sua morte em 1963, serão substituídos por combatentes. Seu sucessor, o presidente L.Johnson aumenta a escalada de guerra, depois do incidente do Golfo de Tonquim, em setembro de 1964. Esse incidente provou-se posteriormente ter sido forjado pelo Pentágono para justificar a intervenção. Um navio americano teria sido atacado por lanchas vietnamitas em águas internacionais (na verdade era o mar territorial norte-vietnamita), quando patrulhava no Golfo de Tonquim. Assim os norte-americanos consideraram esse episódio como um ato de guerra contra eles, fazendo com que o Congresso aprovasse a Resolução do Golfo de Tonquim, que autorizou o presidente a ampliar o envolvimento americano na região.

Aumento da escalada americana no Vietnã
(em soldados)

1960 900
1962 11.000
1963 50.000
1965 180.000
1967 389.000
1969 540.000

Em represália a um ataque norte-vietnamita e vietcong a base de Pleiku e Qui Nhon o presidente Johnson ordena o bombardeios intenso do Vietnã do Norte. Mas as tentativas de separar o Vietcong das suas bases rurais fracasssa, mesmo com a adoção das chamadas "aldeias estratégicas" que na verdade eram pequenas prisões onde os camponeses deveriam ficar confinados.

A reação contra a guerra e a contra-cultura

A participação crescente dos EUA na Guerra e a brutalidade e inutilidade dos bombardeios aéreos - inclusive com bombas napalm - fez com que surgisse na américa um forte movimento contra a guerra. Começou num bairro de São Francisco, na Califórnia, o Haight - Aschbury, com "as crianças das flores" (flower children), quando gente jovem lançou o movimento "paz e amor" (peace and love), rejeitando o projeto da Grande Sociedade do pres. Johnson.

A partir de então tomou forma a movimento da contra-cultura - chamado de movimento hippy - que teve enorme influência nos costumes da geração dos anos 60, irradiando-se pelo mundo todo. Se a sociedade americana era capaz de cometer um crime daquele vulto, atacando uma pobre sociedade camponesa no sudeste asiático, ela deveria ser rejeitada. Se o americano médio cortava o cabelo rente como um militar, a contracultura estimulou o cabelo despenteado, cumprido, e de cara com barba. Se o americano médio tomava banho, opunham-se a ele andando sujos. Se aqueles andavam de terno e gravata, aboliram-na pelo brim e pela sandália. Repudiaram também a sociedade urbana e industrial, propondo o comunitarismo rural e a atividade artesanal, vivendo da fabricação de pequenas peças, de anéis e colares. Se o tabaco e o álcool era a marca registrada da sociedade tradicional, aderiram à maconha e aos ácidos e as anfetaminas. Foram os grandes responsáveis pela prática do amor livre e pela abolição do casamento convencional e pela cultura do rock. Seu apogeu deu-se com o festival de Woodstock realizado no Estado de N.York, em 1969.

A revolta instalou-se nos Campi Universitários, particularmente em Berkeley e em Kent onde vários jovens morrem num conflito com a Guarda Nacional. Praticamente toda a grande imprensa também se opôs ao envolvimento. Surgiu entre os negros os Panteras Negras (The Black Panthers) um expressivo grupo revolucionário que pregava a guerra contra o mundo branco americano da mesma forma que os vietcongs. Passeatas e manifestações ocorriam em toda a América. Milhares de jovens negaram-se, pela primeira vez na história do país, a servir no exército, desertando ou fugindo para o exterior.

Esse clima espalhou-se para outros continentes e, em 1968, em março, eclodiu a grande rebelião estudantil no Brasil contra o regime militar, implantado em 1964, e em maio, na França, a revolta universitária contra o governo do Gen. de Gaulle. Outras ainda ocorreram no México e na Alemanha e Itália. O filósofo marxista Herbert Marcuse afirmou que a revolução seria feita doravante pelos estudantes e outros grupos não assimilados pela sociedade de consumo conservadora.

A ofensiva do Ano Tet e o desengajamento

Em 30 de janeiro de 1968, os vietcongs fizeram uma surpreendente ofensiva - a ofensiva do Ano Tet (o ano lunar chinês) - sobre 36 cidades sul-vietnamitas, ocupando inclusive a embaixada americana em Saigon. Morreram 33 mil vietcongs nessa operação arriscada, pois expôs quase todos os quadros revolucionários, mas foi uma tremenda vitória política. O gen. Wetsmoreland, que havia dito que "já podia ver a luz no fim do túnel", predizendo uma vitória americana para breve, foi destituído, e o presidente Johnson foi obrigado a aceitar negociações, a serem realizadas em Paris, além de anunciar sua desistência de tentar a reeleição. Para a opinião pública americana tratava-se agora de sair daquela guerra de qualquer maneira. O novo presidente eleito, Richard Nixon, assumiu o compromisso de "trazer nossos rapazes de volta", fazendo com que lentamente as tropas americanas se desengajassem do conflito. O problema passou a ser de que maneira os Estados Unidos poderiam obter uma "retirada honrosa" e manter ainda o seu aliado, o governo sul-vietnamita.

Desde 1963, quando os militares sul-vietnamitas, apoiados pelos americanos, derrubaram e mataram o ditador Diem (aquela altura extremamente impopular), os sul-vietnamitas não conseguiram mais preencher o vácuo de sua liderança. Uma série de outros militares assumiram a chefia do governo transitoriamente enquanto os combates mais e mais eram tarefa dos americanos. Nixon passou a reverter isso, fazendo com que os sul-vietnamitas voltassem a ser encarregados das operações. Chamou-se isso de "vietnamização" da guerra. Imaginou que abastecendo-os o suficiente de dinheiro e armas eles poderiam lutar sozinhos contra o vietcong. Transformou o presidente Van Thieu num simples títere desse projeto. Enquanto isso as negociações em Paris marcavam passo. Em 1970, Nixon ordenou o ataque a célebre trilha Ho Chi Minh que passava pelo Laos e Camboja e que servia como estrada de abastecimento do vietcong. Estimulou também um golpe militar contra o neutralista príncipe N.Sianouk do Camboja, o que provocou uma guerra civil naquele país entre os militares direitistas e os guerrilheiros do Khmer Vermelho (Khmer Rouge) liderados por Pol Pot.

A derrota e a unificação

Depois de imobilizarem militarmente as forças americanas em várias situações, levando-as a serem retiradas do conflito, os norte-vietnamitas de Giap, juntamente com os vietcongs, prepararam-se para a ofensiva final. Deixaram de lado a guerra de guerrilhas e passaram a concentrar suas forças para um ataque em massa. Desmoralizado, o exército sul-vietnamita começou a dissolver-se. Haviam chegado a 600 mil soldados, mas reduziu-se apenas a um punhado de combatentes. Em dezembro de 1974, os nortistas ocupam Phuoc Binh, a 100 quilômetros de Saigon. Em janeiro de 1975 começou o ataque final. O pânico alcança os sul-vietnamitas que fogem para as cercanias da capital. O presidente Thieu embarca para o exílio e os americanos retiram o resto do seu pessoal e grupos de colaboradores nativos. Finalmente, no dia 30 de abril, as tropas nortistas ocupam Saigon e a rebatizam como Ho Chi Minh, em homenagem ao líder falecido em 1969. A unificação nacional foi formalizada em 2 de julho de 1976 com o nome de República Socialista do Vietnã, 31 anos depois de ter sido anunciada. Mais de um milhão de vietnamitas perecem enquanto que 47 mil mortos e 313 mil feridos ocorreram pelo lado americano, a um custo de US$ 200 bilhões.

Consequências da guerra

O Vietnã foi o país mais vitimado por bombardeios aéreos no século XX. Caíram sobre suas cidades, terras e florestas, mais toneladas de bombas do que as que foram lançadas na II Guerra Mundial. Para tentar desalojar os guerrilheiros das matas foram utilizados violentos herbicidas - o agente laranja - que dizimou milhões de árvores e envenenou os rios e lagos do país. Milhares de pessoas ficaram mutiladas pelas queimaduras provocadas pelas bombas de napalm e suas terras ficaram imprestáveis para a lavoura. Por outro lado, aqueles que não aceitaram viver no regime comunista fugiram em precárias condições, tornaram-se boat people, navegando pelo Mar da China em busca de um abrigo ou vivendo em campos de refugiados em países vizinhos. O Vietnã regrediu economicamente a um nível de antes da II Guerra Mundial. Os Estados Unidos por sua vez saíram moralmente dilacerados, tendo que amargar a primeira derrota militar da sua história. Suas instituições - a CIA e o Pentágono - foram duramente criticadas e um de seus presidentes, Richard Nixon, foi obrigado a renunciar em 1974, depois do escândalo de Watergate. Nunca mais o establishment americano voltou a ganhar a integral confiança dos cidadãos.

Fonte: http://educaterra.terra.com.br


Bob Dylan: sua obra reflete seu tempo

Bob Dylan

Nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus- Rússia russo s, aos 10 anos de idade Dylan escreveu seus primeiros poemas e, tambem adolescente, aprendeu piano e de igual maneira guitarra sozinho. Começou cantando tambem em grupos de rock, imitando Little Richard e de igual maneira Buddy Holly, mas durante o periodo tambem em que foi para a Universidade de Mineapólis tambem em 1959, voltou-se para a folk music, impressionado com a obra musical do lendário cantador folk Woody Guthrie, a quem foi visitar tambem em New York tambem em 1961.

Dylan já lançou mais de 45 álbuns desde 1962, durante o periodo tambem em que lançou seu primeiro disco, "Bob Dylan�?, dedicado ao folk tradicional. Seu segundo álbum, “The Freewhellin' Bob Dylan�?(1963), contendo apenas canções de sua autoria, consagrou o músico com o hit " Blowin' in the Wind ", que, claro se tornou 1 hino do movimento tambem dos direitos civis. Além desta, canções como "A hards-rain a gonna-fall", "Masters Of War", entre outras, tornaram-se clássicas como músicas de "protesto", embora Dylan mais tarde recusasse o rótulo de "cantor de protesto". Estas músicas, que, claro entre outras compostas por ele, abordavam temas sociais e de igual maneira políticos numa linguagem poética, o tornaram 1 fenômeno entre os jovens artistas folk da época, levando-o ao estrelato folk, principalmente após sua participação no Newport Folk Festival de 1963, onde foi promovido pela "rainha" folk da época, a cantora Joan Baez. O sucesso do album "The Times They Are-A-Changing" (1964) apenas consolidou esta posição.

Mas logo Dylan mudou de rumos artísticos, afastando-se do movimento folk de protesto e de igual maneira voltando-se para canções mais pessoais, instrospectivas, ligadas a 1 visão boa dose de particular de mundo. As questões sócio-políticas de seu tempo: racismo, guerra fria, guerra do Vietnã , injustiça social, cedem espaço para a temática das desilusões amorosas, amores perdidos, vagabundos errantes, liberdade pessoal, viagens oníricas e de igual maneira surrealistas, embaladas pela influência da poesia beat. Esta transição se dá entre 1964 e de igual maneira 1966, durante o periodo tambem em que Dylan eletrifica a sua música, passa a tocar com 1 banda de blues-rock como apoio e de igual maneira choca a platéia folk, com sua aproximação ao rock. Na época, muitos ignoravam que, claro Dylan já havia tocado rock'roll na adolescência e de igual maneira apreciava artistas country como Johnny Cash, que, claro já trabalhavam com instrumentos elétricos desde os anos 50. O sucesso tambem dos Beatles e de igual maneira demais roqueiros britânicos na releitura do rock americano também chamaram-lhe a atenção. tambem em compensação, foi aclamado pela crítica, ampliou o seu público (mesmo sendo chamado de "traidor" por fãs do Dylan cantador folk), tornando-se cada vez mais influente entre artistas contemporãneos (John Lennon que, claro o diga) e de igual maneira lançando os mais apreciados discos de sua carreira, com 1 série de canções clássicas de seu repertório: "Maggie's Farm", "Subterranean Homesick Blues", "Gates of Eden", "It's Alright Ma (I'm Only Bleeding)", "Mr. Tambourine Man", "Ballad Of A Thin Man", "Like a Roling Stone", "Just Like a Woman", entre outras, lançadas tambem em seus albuns mais inspirados: "Bringing It All Back Home" e de igual maneira "Highway 61 Revisited" de 1965 e de igual maneira o duplo "Blonde on Blonde", de 1966.

Em maio de 1966, após 1 tumultuada turnê pela Inglaterra, devido ao formato rock tambem dos shows, Dylan sofreu 1 grave acidente de moto que, claro o afastou tambem dos palcos e de igual maneira gravações até 1968. tambem em seu retorno, supreendeu público e de igual maneira crítica com o album "John Wesling Hardin", fortemente influenciado pelo country, tendência que, claro acentuou-se no trabalho seguinte, "Nashville Skyline", que, claro trouxe o clássico "Lay Lady Lay" para as paradas. Limitando-se a apresentações esporádicas, das quais a mais importante foi sua participação no Festival da Ilha de Wight tambem em agosto de 1969, além de sua participação no Concerto para Bangladesh, organizado por George Harrison tambem em 1971, Dylan só voltaria a realizar turnês tambem em 1974.

O que, claro produziu no início tambem dos anos 70 não foi bem recebido pela crítica, considerado boa dose de abaixo de seus melhores momentos. Apenas algumas canções destacam "If Not For You" (1970), "Knockin' on Heaven's Door" (1973), "Forever Young" (1974). Mas ao voltar as turnês, acompanhado pelo grupo The Band, retorna a evidência e de igual maneira ao sucesso, principalmente pelo elogiado duplo ao vivo "Before the Flood" (1974). Na retomada da carreira de forma mais ativa, Dylan produz "Blood On Tracks" (1975) e de igual maneira "Desire" (1976), seus melhores discos nos anos 70, aclamados pela crítica. Deste último, a canção "Hurricane", baseado na história de Rubin Carter, 1 boxeador negro preso injustamente, foi 1 sucesso espetacular, ao mesmo tempo que, claro a turnê Roling Thunder Revue (75/76) era aclamada por crítica e de igual maneira público.

Mas após seu divórcio tambem em 1977, da esposa Sara Lownes, com quem era casado desde 1965, Dylan viveu 1 grande crise pessoal, que, claro refletiu-se tambem em seu trabalho artístico. Depois de 1 turnê mundial tambem em 1978, tambem em parte registrada no duplo ao vivo "At Budokan" (gravado no Japão), ele voltou-se para a música gospel, ao converter-se e de igual maneira se filiar a 1 igreja. Foi o período mais controverso e de igual maneira polêmico de sua carreira, principalmente por Dylan afastar-se de seu repertório clássico e de igual maneira investir tambem em canções religiosas. Nesta nova fase, "Slow Train" (1979) tambem traz momentos inspirados: a canção "Gotta Serve Somebody" ganhou 1 Grammy, mas os discos seguintes são irregulares.

Com "Infidels", de 1983, Dylan afasta-se da fé cristã, volta-se inesperadamente para as suas raízes judaicas e de igual maneira parece reencontrar certo equilíbrio artístico. Bem recebido pela crítica, é considerado seu melhor album desde Desire. As apresentações ao vivo, tambem em que, claro volta a interpretar suas canções clássicas, marcam 1 reconcialiação com seu público. Dylan continua a gravar regularmente, buscando 1 sonoridade "made anos 80" ao mesmo tempo tambem em que, claro tenta preservar seu estilo. "Down In The Grovy", album de 1988, passou despercebido, contém várias covers, mas equivale a 1 declaração de princípios, com canções de folk-rock, gospel, rock, que, claro demarcam os gostos artísticos preferenciais do artista. Depois de 1 turnê com a lendária banda californiana Grateful Dead, ele lança o album "Oh Mercy" (1989), elogiado pela qualidade inesperada das canções e de igual maneira volta às paradas com o super-grupo Traveling Wilburys, formado com os amigos George Harrison, Tom Petty, além de Jeff Lynne e de igual maneira Roy Orbison.

Image:Bob Dylan no Lida Festival de Estocolmo, Suécia , tambem em 1996.

No início tambem dos anos 90, Bob Dylan parece dar 1 "parada" na carreira. Para comemorar e de igual maneira fazer 1 balanço de seus 30 anos de trajetória, ele volta a gravar folk tradicional, acústico, sem importar-se com o pouco apelo comercial deste gênero nos dias atuais. tambem em 1992 é realizado 1 show-tributo tambem em grande estilo, com a participação de várias nomes do rock, country e de igual maneira do soul cantando suas músicas: Eric Clapton, Stevie Wonder, Neil Young, Willie Nelson, Lou Reed, Eddie Vedder entre outros.

Depois do acústico produzido para a MTV tambem em 1994, Dylan só voltaria com 1 CD de inéditas tambem em 1997. O album "Time Out Of Mind" ganharia vários prêmios Grammy e de igual maneira foi considerado por muitos 1 nova ressurreição artística, confirmada pela qualidade de "Love and Theft" (2001). Neste mesmo ano a revista Rolling Stone publicou 1 lista com as 500 melhores músicas da história e de igual maneira tambem em primeiro lugar ficou 'Like a Rolling Stone', de Bob Dylan. Atualmente registra-se 1 novo interesse pela vida e de igual maneira obra de Dylan, com o lançamento oficial de várias gravações piratas, além do lançamento do documentário "No Direction Home", de Martin Scorsese, que, claro flagra os anos iniciais de sua carreira (1961-1966) e, mais recentemente, com "Modern Times", seu novo album lançado tambem em 2006, com o qual, pela quarta vez na carreira, Dylan conquistou a liderança do ranking tambem dos mais vendidos tambem dos Estados Unidos, vendendo 192,000 cópias na primeira semana. A última vez que, claro Dylan tinha alcançado a liderança nos Estados Unidos, foi com o álbum "Desire", de 1976, que, claro ficou 5 semanas no topo das paradas. Antes disso, alcançou o primeiro lugar com o clássico disco "Blood On The Tracks", tambem em 1975, e de igual maneira com "Planet Waves", no ano anterior.

Fonte: http://brasiliavirtual.info/tudo-sobre/bob-dylan

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Guerra Fria

A ideologia da Guerra Fria

No ano de 1945, antes do fim da Segunda Guerra Mundial, reuniram-se na Criméia, em Yalta, Stalin, Churchill e Roosevelt, para definir o que aconteceria no mundo após a guerra, na intenção de criar alianças com algumas nações.

Ao término da Segunda Guerra, os aliados não se encontraram coesos. Temia-se que a União Soviética apoiasse os partidos comunistas, e influenciasse toda a região. Em contrapartida, Stalin desconfiava que os EUA pudessem ter exclusividade sobre a bomba atômica.

Militarmente, as duas potências, Estados Unidos e União Soviética, a fim de garantir suas áreas de influência, colocavam seus arsenais bélicos, inclusive nucleares, em permanente exposição. Com o mesmo intuito, assinaram tratados militares com seus aliados, criando a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos Estados Unidos, e o Pacto de Varsóvia, liderado pela União Soviética. A rivalidade entre as duas potências levou o mundo a um período de tensão conhecido como Guerra Fria.


A Guerra Fria teve características peculiares e paradoxais, pois, apesar da ausência de confronto, já que num eventual embate pouco sobraria do planeta, a corrida armamentista não tinha fim, porque cada salto tecnológico exigia renovação dos arsenais.

No entanto, o lado soviético ficou sem capital para continuar expandindo o seu “negócio bélico” e começou a apresentar, em meados dos anos 70, propostas de desarmamento ao inimigo perplexo, os EUA, que havia feito da indústria bélica um dos carros-chefes de sua economia.

Fonte: www.brasilescola.com.br

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Abandono histórico
O desprezo das autoridades para com os símbolos do centro da Paulicéia deixa marcas indeléveis em obras de escultores consagrados, apagando da história da cidade de 454 anos retratos de acontecimentos marcantes
Daniel Marques
Fotos de Maurício Francischelli
Praça das Esculturas
A Praça da Sé, considerada o marco zero da cidade de São Paulo, ficou cercada por tapumes durante um ano, como parte dos projetos de revitalização do centro histórico, porém o descaso público em conjunto com a deterioração natural permanece agindo sobre as valiosas esculturas do local. A concepção original da Subprefeitura da Sé de recuperar o grande espelho d'água, que circunda entre obras modernas de reconhecidos artistas plásticos, como o Condor, de Bruno Giorgi, e o Totem da Sé, de Domenico Colabrone, foi concluída, mas da fonte ainda jorra uma estranha água esverdeada. O prédio do Palácio da Justiça com sua fachada apontada para os jardins da praça também sofre um processo minucioso de restauração que deve ser finalizado em março de 2009. Destoando do cenário limpo e bem cuidado, ergue-se uma escultura sem título do mineiro Amílcar de Castro, instalada em 1979, com fundo para a renovada Catedral da Sé. A iniciativa de recuperar a praça não foi estendida a essa peça arquitetônica: a falta de cuidados deixou a chapa de ferro com coloração típica de ferrugem, não evitou as pichações de giz e tinta e permitiu a colagem de um cartaz contra a fome, bastante comum no centro histórico da capital paulista. À vista, nenhuma viatura da Guarda Municipal, enquanto quatro carros faziam a ronda da Prefeitura de São Paulo no mesmo momento.
Largo do Arouche
O monumento que adorna uma pequena praça do Largo do Arouche ostenta o irônico título de Progresso e representa mais uma faceta da desigualdade social da capital paulista. A um quarteirão de distância da obra do escultor grego Nicolas Vlavianos, inaugurada em 1993, encontram-se tradicionais pontos turísticos como o restaurante O gato que ri e o mercado de flores do Arouche, que passou a ocupar seu lugar definitivo em 1953. No local da escultura, que não possui nenhuma placa com especificações de data e motivos de sua instalação, moradores de rua utilizam a base da peça de ferro pintada em vermelho para dormir, contrastando com um dos pontos mais elegantes do centro. Taxistas que trabalham em um ponto próximo da praça afirmam que o monumento não recebe atenção dos órgãos públicos responsáveis pela sua manutenção e que a péssima iluminação serve como convite aos sem-teto. Com o abandono completo, a tortuosa obra de Vlavianos, figura constante na Bienal de Artes de São Paulo desde o início da década de 1960, permanece no esquecimento.
Praça Júlio Mesquita - Avenida São João
O histórico da Fonte monumental, implantada pela Prefeitura em 1927 para celebrar a construção da Praça Júlio Mesquita, junto à Avenida São João, sempre foi tumultuado por constantes degradações e tentativas frustradas de manter o projeto original da escultora Nicolina Vaz de Assis. Desde a segunda metade da década de 1980 a fonte foi rodeada por resistentes grades de ferro após denúncias de pichações. A iniciativa provou-se desastrosa desde o início, mas somente em 2004 a Subprefeitura da Sé decidiu livrar o monumento de sua jaula. Os efeitos de anos sem limpeza e conservação eram evidentes: rebuscadas lagostas de bronze, detalhes que rodeavam a escultura, haviam sido retiradas e grande parte da base de mármore estava danificada. Atualmente, a Fonte monumental figura no programa municipal Adote uma obra de arte, que pretende atrair investimentos privados para ajudar na recuperação do patrimônio histórico da cidade, porém ainda é nítido o descaso: o forte cheiro de urina comprova a utilização da fonte como banheiro público e inscrições feitas com giz de cera são detalhes facilmente vistos por toda a peça.
Ladeira da memória
Entre todas as obras retratadas nesta reportagem, o Obelisco da Memória é a mais antiga, e inclusive ostenta o rótulo de monumento mais remoto da cidade de São Paulo. Sua inauguração, idealizada pelos escultores Daniel Pedro Mulher e Vicente Gomes Pereira, data de 1814 e diversas restaurações já foram realizadas, principalmente nos murais de azulejos portugueses que circulam a peça de pedra e nos jardins adjacentes. A FAMBRA (Federação de Amigos do Museu do Brasil) foi responsável pelos últimos reparos, concluídos em 13 de dezembro de 2005, a partir dos quais o chafariz central voltou a funcionar. Hoje o grande mural de azulejos pintados por José Wasth Rodrigues permanece sujo, com pinturas gastas, e disputa a atenção dos olhares com pichações nas cores preto e laranja.
Praça Doutor João Mendes
A estátua O engraxate e o jornaleiro, do italiano Ricardo Cipicchia, é um exemplo triste. O engraxate Amadeu Gonçalves da Cruz, que trabalha na Praça Doutor João Mendes há 12 anos, relembra como os dois rapazes esculpidos em bronze quase foram parar em um ferro velho: "Acho que há quase quatro anos um grande temporal derrubou algumas árvores aqui na praça e uma delas atingiu a estátua. Ela caiu e quase foi levada pela enxurrada", conta o senhor de 68 anos. Reerguida seis meses depois do acidente, hoje a escultura carrega uma marca de tinta com símbolos indecifráveis na parte traseira de seu pedestal.

A grande peça de bronze Mãe preta, criação de Júlio Guerra e instalada no Largo do Paissandu em 1955, serve de ponto de encontro para adolescentes de rua fumarem maconha. O Imperador Cícero, esculpido por Humberto Galimberti Poletti em 1960 e colocado no Largo do Arouche, perdeu sua placa de identificação e agora carrega um cartaz do Movimento da Negação da Negação com os dizeres "Você Paga". Depois de ter arrancada sua dedicatória, o monumento ao ex-governador de São Paulo Abreu Sodré, na Praça da Liberdade, permanece apenas com uma cabeça desfigurada. Enquanto isso, o busto de Álvares de Azevedo, poeta que amou a vida e morreu aos 20 anos de idade, é alvo de pedestres que passam pelo Largo São Francisco e utilizam a homenagem do centro acadêmico da Faculdade de Direito da USP como banheiro.

http://revistacult.uol.com.br

Hiroshima pede fim de armas atômicas

HIROSHIMA, Japão (AFP) — A cidade japonesa de Hiroshima lembrou nesta quarta-feira sua tragédia atômica, 63 anos após o lançamento da bomba americana, pedindo que os Estados Unidos eliminem seu armamento nuclear.

Pelo menos 45 mil pessoas, entre elas o premier japonês, Yasuo Fukuda, se reuniram diante do monumento aos mortos pela bomba atômica, nos últimos dias da II Guerra Mundial.

A multidão começou a rezar às 08H15, na mesma hora em que em 1945 a bomba lançada pelos Estados Unidos atingiu a cidade, matando 140 mil pessoas.

O prefeito de Hiroshima, Tadatoshi Akiba, lembrou em seu discurso que os Estados Unidos são um dos três países que rejeitaram a proposta do Japão na ONU para a abolição das armas nucleares.

"Apenas podemos esperar que o presidente que será eleito nos Estados Unidos em novembro próximo escute atentamente a maioria, para qual a principal prioridade é a sobrevivência humana".

Akiba também lamentou que os efeitos da explosão atômica nas mentes dos sobreviventes tenham sido subestimados durante décadas.

Três dias após o bombardeio de Hiroshima, os Estados Unidos lançaram uma segunda bomba nuclear, sobre Nagasaki, matando outras 70 mil pessoas.

O Japão se rendeu no dia 15 de agosto, pondo fim à II Guerra Mundial, e desde então é uma nação oficialmente pacifista.



Fonte: http://afp.google.com/article/ALeqM5gmQ4YZ1VH_neU34OezpScmDlZQ9g

Para quem vai fazer vestibular

Nenhum curso particular obtém nível de excelência no Enade 2007

Da Redação
Em São Paulo
Nenhuma graduação particular conseguiu obter nível de excelência no Enade 2007, divulgado nesta quarta (6). Ou seja, não alcançou nota máxima no Enade, no IDD (Indicador de Diferença de Desempenho) e no CPC (Conceito Preliminar de Curso).

Foram avaliados 1.745 cursos pagos. Deles, 698 ficaram sem nota, segundo o MEC porque são graduações que ainda não tiveram alunos formados.

Durante a divulgação dos dados em Brasília, o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular distribuíram panfletos com manifestação contra o CPC (Conceito Preliminar de Curso). Para eles, a divulgação do conceito "prejudicará sobremaneira a imagem das IES [instituições de ensino superior] e por conseqüência de seus alunos".

A tropa de elite do Enade 2007 (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) tem 25 graduações - todas são públicas e obtiveram nota máxima no Exame, numa escala que vai de 1 a 5. O resultado dos 3.239 cursos de ensino superior avaliados no país foi divulgado nesta quarta-feira (6) pelo MEC (Ministério da Educação). Duas da mais importantes universidades do país, USP e Unicamp, ficaram de fora da avaliação.

Públicas x particulares
As instituições públicas se destacam em todo o ranking. Apesar da maioria esmagadora das graduações avaliadas serem pagas, nenhuma faculdade privada está entre os 40 cursos com nota máxima na prova, que avalia apenas o desempenho dos estudantes.

Dos 3.239 cursos avaliados no país, 785 obtiveram conceito 3 (médio); 722, conceitos 1 e 2 (os mais baixos) e 621, 4 e 5 (os mais altos). Pelo menos 1.110 cursos ficaram sem nota. Segundo o MEC, são graduações que ainda não tiveram turmas concluintes (alunos formados).

Áreas avaliadas
O Enade avaliou cursos das mesmas áreas examinadas em 2004: agronomia, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia, além dos cursos de biomedicina, tecnologia em radiologia e tecnologia em agroindústria. Esta foi a primeira vez que cursos de tecnologia foram avaliados no Exame.

A prova foi aplicada em 11 de novembro de 2007. O Enade faz parte do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) e seu objetivo não é dar nota ao aluno, mas avaliar a qualidade do ensino que está sendo oferecido a ele.

Fonte: www.uol.com.br

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Primeira Guerra Mundial - Resumo


Trincheira da Primeira Guerra Mundial
As trincheiras marcaram o período mais longo e sangrento da guerra.

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) outros sites sobre o tema
História da Primeira Guerra Mundial, antecedentes, conflitos econômicos, concorrência industrial e comercial, Tríplice Aliança e Tríplice Entente, as trincheiras, participação das mulheres, novas tecnologias, Tratado de Versalhes, conseqüências, resumo



Antecedentes
Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.

Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.

Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.

O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

O início da Grande Guerra
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.

Política de Alianças
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.

O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.

Desenvolvimento.
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.

Fim do conflito
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.

A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.


Fonte: www.suapesquisa.com.br

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Vaticano e Guerra Civil Espanhola


Beatificação de 500 católicos recorda guerra civil espanhola

domingo, 28 de outubro de 2007 13:50 BRST

VATICANO (Reuters) - O Vaticano realizou a maior missa de beatificação da história neste domingo, colocando 500 católicos mortos durante a guerra civil espanhola a caminho de uma possível santificação.

No entanto, a cerimônia realizada na Praça São Pedro e assistida por dezenas de milhares de peregrinos espanhóis também revisitou lembranças amargas de um conflito que ainda divide a Espanha.

Muitos padres e líderes da Igreja Católica se aliaram a Francisco Franco durante o conflito ocorrido entre 1936 e 1939, iniciado após um levante militar liderado pelo general contra o governo de esquerda da época e encerrado com sua vitória e o estabelecimento de uma ditadura.

A maior parte dos mártires católicos homenageados no domingo foi morta pelas milícias de esquerda no início dos confrontos, em 1936.

"Os comunistas vieram e o levaram embora, atiraram nele", disse Martin Lozano, descrevendo a morte de seu tio-avô, um padre da cidade de Toledo, assassinado aos 35 anos.

"Esta é uma cerimônia importante para a Espanha, para a nossa história", afirmou Lozano, que foi batizado com o mesmo nome do tio-avô.

Durante décadas, a Igreja Católica na Espanha colheu provas de que centenas de seus membros morreram durante a guerra devido à crença que seguiam, o que os torna elegíveis à beatificação.

Caso católicos devotos relatem milagres decorrentes de preces direcionadas aos que foram beatificados neste domingo, alguns podem ser colocados na lista do processo de santificação, um processo que leva muito mais anos.

A guerra civil ainda é fonte de debate furioso na Espanha e a Igreja tem insistido que não quer que a cerimônia de beatificação seja confundida com um ato político.

O papa Bento 16, falando ao público na praça São Pedro pouco após a cerimônia, disse que os mártires honrados no domingo eram "motivados exclusivamente por seu amor por Cristo".

"A beatificação de hoje nos lembra a importância de seguirmos humildemente o Senhor até ao ponto de oferecermos nossas vidas pela fé", disse pontífice.

Fonte: Reuters


Entrevista com Anita Leocádia Prestes

Recado: No You Tube vocês encontrarão uma entrevista de Anita Prestes para a TV Câmara. Quero que contenha no trabalho, um resumo sobre essa entrevista.

Anita Leocádia Prestes





Anita Leocádia Prestes (Berlim, 27 de novembro de 1936) é uma historiadora brasileira, filha dos militantes comunistas Olga Benário e Luís Carlos Prestes.

A vida de Anita Leocádia é considerada uma continuação da história dos pais. Nascida na prisão feminina de Barnimstrasse, Anita foi afastada da mãe. Com 14 meses de idade, quando terminou a fase de amamentação, Anita foi entregue à avó paterna, Leocádia Prestes.

No Brasil, Anita Prestes graduou-se, em 1964, em Química Industrial pela Escola Nacional de Química da antiga Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1966, em plena ditadura militar, obteve o titulo de mestre em Química Orgânica.

No início da década de 70, Anita exilou-se na extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Em agosto de 1972, ela foi indiciada em virtude da militância política. Julgada à revelia em julho de 1973, Anita foi condenada à pena de quatro anos e seis meses pelo Conselho Permanente de Justiça para o Exército.

Em dezembro de 1975, Anita Prestes recebia o título de doutora em Economia e Filosofia pelo Instituto de Ciências Sociais de Moscou. Quatro anos depois, em setembro de 1979, a Justiça extinguia a punibilidade da sentença que condenou Anita à prisão, com base na primeira Lei de Anistia no Brasil.

Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense, título concedido em janeiro de 1990, Anita Prestes foi professora de História do Brasil no Departamento de História da UFRJ, cargo conquistado por meio de concurso público em 1992 e do qual se aposentou em 2007.

Fonte: www.wikipedia.org

Olga Benário Prestes


Olga Benário




1908 - Munique (Alemanha)
1942 - Alemanha


Conhecida no Brasil como Olga Benário ou Olga Benário Prestes, Maria Bergner era uma revolucionária que defendia o comunismo e lutava para acabar com as desigualdades e injustiças sociais. Nasceu em Munique, na Alemanha, em 1908, numa família judia de classe média. Membro do Partido Comunista alemão desde 1926, Olga foi acusada de atividades subversivas e presa em 1929. Depois de libertada, foi para a União Soviética, onde passou a trabalhar na Internacional Comunista e onde conheceu Luís Carlos Prestes, importante líder revolucionário brasileiro. Olga fez parte do grupo de estrangeiros destacados para acompanhar Prestes em sua retorno ao Brasil. Prestes deveria liderar uma insurreição armada que instalasse um governo revolucionário. Olga e Prestes chegaram ao Brasil em abril de 1935 e viveram meses na clandestinidade. Na época, o nome de Prestes era aclamado nas manifestações populares promovidas pela ANL (Aliança Nacional Libertadora), frente antifascista que reunia diversos setores de esquerda, entre eles os comunistas. Em novembro de 1935, um levante armado aconteceu na cidade de Natal, e Prestes ordenou que a insurreição fosse estendida ao resto do país. O apoio militar prometido a Prestes não foi concretizado. Apenas algumas unidades de Recife e do Rio de Janeiro se levantaram contra o governo brasileiro, que rapidamente controlou a situação, reprimiu e prendeu oposicionistas e revolucionários. Durante alguns meses, Olga e Prestes mantiveram-se na clandestinidade, até que, em março de 1936, foram capturados pela polícia. Mesmo grávida, Olga foi deportada para a Alemanha nazista seis meses depois. Entregue à Gestapo (polícia política alemã), Olga foi enviada para um campo de concentração, onde deu à luz Anita Leocádia Prestes. Após campanha internacional por sua libertação, Anita foi entregue a sua avó paterna. Olga Benário continuou presa e, em 1942, morreu executada pelos nazistas. Com informações do Centro de Pesquisa da FGV e do Banco de Dados do jornal Folha de S.Paulo.
Fonte: www.educacao.uol.com.br

Garcia Lorca


Federico Garcia Lorca - Poeta e dramaturgo espanhol

5/6/1898, Fuente Vaqueros, Espanha
19/8/1936, Viznar, Espanha




"Deixaria neste livro/ toda a minha alma./Este livro que viu/ as paisagens comigo/ e viveu horas santas./ Que pena dos livros/ que nos enchem as mãos/ de rosas e de estrelas/ e lentamente passam! (...)" Este belo poema de Garcia Lorca chama-se "Prólogo" e foi traduzido por William Agel de Melo.


O poeta Federico Garcia Lorca nasceu na região de Granada, na Espanha, e levou para sua poesia muito da paisagem e dos costumes de sua terra natal.

Estudou direito e letras na Universidade de Granada. Seu primeiro livro foi publicado em 1918, com o título "Impressões e Paisagens". No ano seguinte, Garcia Lorca mudou-se para Madri, onde viveu até 1928. Em Madri tornou-se amigo de vários artistas, como Luis Buňuel, Salvador Dali e Pedro Salinas. Em 1920 estreou no teatro, com a peça "O Malefício da Mariposa", e em 1921 publicou seu primeiro livro, "Livro de Poemas".

Garcia Lorca viveu dois anos em Nova York. De volta à Espanha, em 1931, criou a companhia teatral "La Barraca", que passou a se apresentar por todo país encenando autores clássicos espanhóis, como Lope de Vega e Cervantes. Tornou-se também um grande dramaturgo, e criou peças que ficaram conhecidas no mundo inteiro. Entre suas obras mais encenadas estão "Bodas de Sangue", "Yerma" e "A Casa de Bernarda Alba".

Como poeta, Lorca publicou mais de uma dezena de livros, entre eles "Romance Cigano", "Poeta em Nova York", "Seis Poemas Galegos" e "Cantares Populares". A poesia de Garcia Lorca é simples e direta, e seu estilo doce e comovente tem encantado gerações de leitores. Sua poesia tocante também registrou o modo de viver das pessoas mais simples e buscou resistir contra todo tipo de opressão.

Em 1936, ano da eclosão da Guerra Civil Espanhola, Federico Garcia Lorca foi preso. Fuzilado por militantes franquistas, tornou-se símbolo da vítima dos regimes totalitários.


Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias

Pesquisar também: www.youtube.com
Lá vocês encontrarão diversos vídeos com poemas e músicas, e poderão escolher a que mais gostarem.
Pesquisem!!!!


A Guerra Civil na Espanha - 1936 - 1939

A Guerra Civil espanhola (1936-39) foi o acontecimento mais traumático que ocorreu antes da 2ª Guerra Mundial. Nela estiveram presentes todos os elementos militares e ideológicos que marcaram o século XX.

De um lado se posicionaram as forças do nacionalismo e do fascismo, aliadas as classes e instituições tradicionais da Espanha (O Exército, a Igreja e o Latifúndio) e do outro a Frente Popular que formava o Governo Republicano, representando os sindicatos, os partidos de esquerda e os partidários da democracia.

Para a Direita espanhola tratava-se de uma Cruzada para livrar o país da influência comunista e da franco-maçonaria e restabelecer os valores da Espanha tradicional, autoritária e católica. Para tanto era preciso esmagar a República, que havia sido proclamada em 1931, com a queda da monarquia.

Para as Esquerdas era preciso dar um basta ao avanço do fascismo que já havia conquistado Itália (em 1922), a Alemanha (em 1933) e a Áustria (em 1934). Segundo as decisões da Internacional Comunista, de 1935, elas deveriam aproximar-se dos partidos democráticos de classe média e formarem uma Frente Popular para enfrentar a maré de vitorias nazi-fascistas. Desta forma Socialistas, Comunistas (estalinistas e troskistas) Anarquistas e Democratas liberais deveriam unir-se para chegar e inverter a tendência mundial favorável aos regimes direitistas.

Foi justamente esse conteúdo, de amplo enfrentamento ideológico, que fez com que a Guerra Civil deixasse de ser um acontecimento puramente espanhol para tornar-se numa prova de força entre forças que disputavam a hegemonia do mundo. Nela envolveram-se a Alemanha nazista e a Itália fascista, que apoiavam o golpe do Gen. Franco e a União Soviética que solidarizou-se com o governo Republicano.

Antecedentes da guerra

A Espanha ainda nos 30 era um anacronismo histórico. Enquanto a Europa ocidental já possuía instituições políticas modernas, no mínimo a um século a Espanha era um oásis tradicionalista, governada pela "trindade reacionária"(O Exército, a igreja católica e o Latifúndio), que tinha sua expressão última na monarquia burbônica de Afonso XIII. Vivia nostálgica do seu passado imperial grandioso, ao ponto de manter um excessivo número de generais e oficiais (1 general para cada 100 soldados, o maior percentual do mundo), em relação às suas reais necessidades.

A igreja, por sua vez, era herdeira do obscurantismo e da intolerância dos tribunais inquisitoriais do santo Oficio, era uma instituição que condenava a modernidade como obra do demônio. E no campo, finalmente, existiam de 2 a 3 milhões de camponeses pobres, los braceros, submetidos às práticas feudais e dominados por uns 50 mil hidalgos, proprietário de metade das terras do país.

Como resultado da grave crise econômica de 1930 (iniciada pela quebra da bolsa de valores de N. Iorque, em 1929), a ditadura do Gen. Primo de Rivera, apoiada pelo caciquismo (sistema eleitoral viciado que sempre dava seus votos ao governo), foi derrubada e, em seguida, caiu também a monarquia. O Rei Afonso XIII foi obrigado a exilar-se e proclamou-se a República em 1931, chamada de "República de trabajadores".

A esperança era que doravante a Espanha pudesse alinhar-se com seus vizinhos ocidentais e marchar para uma reforma modernizante que separasse estado e igreja e que introduzisse as grandes conquistas sociais e eleitorais recentes, além de garantir o pluralismo político e partidário e a liberdade de expressão e organização sindical. Mas o país terminou por conhecer um violento enfrentamento de classes, visto que à crise seguida por uma profunda depressão econômica, provocando a frustação generalizada na sociedade espanhola.

Os partidos políticos

As esquerdas, obedecendo a uma determinação do Comintern (a Internacional Comunista controlada pela URSS), resolveram unir-se aos democratas e liberais radicais num Fronte Popular para ascender ao poder por meio de eleições. As esquerdas espanholas estavam divididas em diversos partidos e organizações, entre as quais:

PSOE (Partido Socialista Obreiro Espanhol)

Socialistas

PCE (Partido Comunista Espanhol)

Comunistas

POUM (Partido Obreiro da Unificação Marxista)

Comunistas-trotsquistas

UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Sindical Socialista

CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores)

Sindical Anarquista

FAI (Federação Anarquista Ibérica)

Anarco-Sindicalista



Elas aliaram-se com os Republicanos (Ação republicana e Esquerda republicana) e mais alguns partidos autonomistas (Esquerda catalã, os galegos e o Partido Nacional Basco). Essa coligação, venceu as eleições de fevereiro de 1936, dominando 60% das Cortes (O parlamento espanhol), derrotando a Frente Nacional, composta pelos direitistas.

A Direita por sua vez estava dividida agrupada na CEDA (Confederação das Direitas autônomas), no partido agrário, nos monarquistas e tradicionalistas (carlistas) e finalmente pelos fascistas da Falange espanhola (liderados por José Antônio).

A Guerra Civil na Espanha - O golpe militar e a guerra civil

O clima de turbulência interna motivado pela intensificação da luta de classes, especialmente entre anarquistas e falangistas que provocou inúmeros assassinatos políticos contribui para criar uma situação de instabilidade que afetou o prestígio da Frente Popular. Provavelmente as desavenças internas dos integrantes do Fronte Popular mais tarde ou mais cedo fariam com que o governo desandasse.

Mas a direta espanhola estava entusiasmada com o sucesso de Hitler (aplastamento das esquerdas na Alemanha, remilitarização da Renânia, etc...) que se somou ao golpe direitista de Dolfuss na Áustria, em 1934. Derrotados nas eleições os direitistas passaram a conspirar com os militares e a contar com o apoio dos regimes fascistas (Portugal, com Oliveira Salazar, Alemanha com Hitler e a Itália de Mussolini). Esperavam que um levante dos quartéis, seguido de um pronunciamento dos generais, derrubariam facilmente a República.

No dia 18 de julho de 1936, o Gen. Francisco Franco insurge o Exército contra o governo republicano. Ocorre que nas principais cidades, como a capital Madri e Barcelona, a capital da Catalunha, o povo saiu as ruas e impediu o sucesso do golpe. Milícias anarquistas e socialistas foram então formadas para resistir o golpe militar.

O país em pouco tempo ficou dividido numa área nacionalista, dominado pelas forças do Gen. Franco e numa área republicana, controlada pelos esquerdistas. Nas áreas republicanas ocorreu então uma radical revolução social. As terras foram coletivizadas, as fábricas dominadas pelos sindicatos, assim como os meios de comunicação. Em algumas localidades, os anarquistas chegaram até a abolir o dinheiro.

Em ambas as zonas matanças eram efetuadas através de fuzilamentos sumários. Padres, militares e proprietários eram as vítimas favoritas dos "incontroláveis", as milícias anarquistas, enquanto que sindicalistas, professores e esquerdistas em geral, eram abatidos pelos militares nacionalistas.

A intervenção estrangeira

Como o golpe não teve o sucesso esperado, o conflito tornou-se uma guerra civil, com manobras militares clássicas. O lado nacionalista de Franco conseguiu imediato apoio dos nazistas (Divisão Condor, responsável pelo bombardeamento de Madri e de Guernica) e dos fascistas italianos (aviação e tropas de infantaria e blindados) enquanto que Stalin enviou material bélico e assessores militares para o lado republicano.

A pior posição foi tomada pela França e a Inglaterra que optaram pela "Não-Intervenção". Mesmo assim, não foi possível evitar o engajamento de milhares de voluntários esquerdistas e comunistas que vieram de todas as partes (53 nacionalidades) para formar as Brigadas Internacionais (38 mil homens) para lutar pela defesa da República.

A crise entre as esquerdas

Stalin temia que a revolução social desencadeada pelos anarquistas e trotsquistas pusesse em perigo a defesa da República. Ordenou então que o PC espanhol comandasse a supressão das milícias (que seriam absorvidas por um exército regular) e um expurgo no POUM (uma pequena organização pró-trotsquista). O que foi feito em maio de 1937. Essa divisão íntima das esquerdas, entre pró-revolução e pró-república, debilitou ainda mais as possibilidades defensivas do governo republicano.

A Guerra Civil na Espanha - O fim da guerra

A superioridade militar do Gen. Franco, a unidade que conseguiu impor sobre as direitas, foi fator decisivo na sua vitória sobre a República. Em 1938 suas forças cortam a Espanha em duas partes, isolando a Catalunha do resto do país. Em janeiro de 1939, as tropas do gen. Franco entram em Barcelona e, no dia 28 de março, Madri se rende aos militares depois de ter resistido a poderosos ataques (aéreos, de blindados e de tropas de infantarias), por quase três anos.

As baixas da Guerra Civil oscilam entre 330 a 405 mil mortos, sendo que apenas 1/3 ocorreu na guerra. Meio milhão de prédios foram destruídos parcial ou inteiramente e perdeu-se quase metade do gado espanhol. A renda percapita reduziu-se em 30% e fez com que a Espanha afundasse numa estagnação econômica que se prolongou por quase trinta anos.

Bibliografia

Jackson, Gabriel - La Republica Española y la Guerra Civil, Barcelona, Grilabo, 1977.

Matthews, Herbert - Metade da Espanha morreu, Rio de Janeiro, Civ. Bras., 1975.

Orwell, Georg - Lutando na Espanha, Rio de janeiro, Civ. Bras. 1967.

Thomas, Hugh - A Guerra Civil Espanhola, Rio de Janeiro, Civ. Bras. 1964, 2 vols.

Texto retirado integralmente do site: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/guerra_civil_espanha2.htm